Lembro que no final de 2017 escrevi na minha agenda 3 “direcionamentos” pra 2018: permita-se, arrisque-se e confie.
O problema é que eu, metódica toda, levo a sério meus direcionamentos. E esses três, de uma só vez, pra uma pessoa extremamente controladora, parecia piada.
Na minha cabeça existia um roteiro da vida que eu queria pra mim, e acho que é uma coisa boa, porque foi assim que consegui traçar os caminhos que precisariam ser percorridos para realizar meus sonhos e alcançar meus objetivos.
Há tempos tenho muito claro o que quero, como quero, quem quero por perto, o que e quem deve ou não participar da minha vida e por aí vai.
Então, essa história de arriscar, confiar e permitir era, pra mim, um desafio imenso, e achei, de verdade, que a coisa não daria muito certo.
Acontece que, de alguma forma que não tenho como explicar, no momento em que confiei, cambaleante, e comecei a fazer, muitas coisas começaram a acontecer, e não deu tempo de me arriscar ou permitir, a vida simplesmente me colocou, dia após dia, em situações em que isso nem era mais uma escolha, sabe como é?
Era arriscar ou arriscar. Permitir ou permitir. E tudo muito rápido, de uma só vez.
E de repente todo o controle que eu, arrogantemente, achava que tinha sobre todas as coisas foi por água abaixo. Me vi sem minha barra de segurança, mas um outro mundo se abriu em minha direção.
Na imensa maioria das situações não fazia ideia do que fazer, só dizia sim pra mim, pra me arriscar, me permitir. E nisso, óbvio, errei muitas vezes, me senti desconfortável tantas outras, perdi a razão, não medi as consequências, meti o pé pelas mãos.
E aprendi. Meu Deus, como aprendi. Mas também acertei. Acertei demais… Comigo, com a vida, com a minha vida.
Em muitos desses momentos, com a vida me virando de cabeça pra baixo em tantos aspectos, senti um medo profundo, mas ao invés de bater de frente e “cair pra cima”, comecei a fluir com o medo, com o pavor, enfrentando se brigar, me debater ou me desesperar, e atravessei o ano com uma certeza: nada, absolutamente nada em mim foi covarde.
Isso me transformou de tantas formas que até hoje não consigo mensurar. Nunca me senti tão forte como nesse momento. Forte o suficiente pra conseguir enxergar centenas de coisas que passaram uma vida aqui dentro, trancadas.
Forte pra aceitar que sim, vou me sentir vulnerável em muitos momentos, posso me debater, sem saber o que fazer, em outros, e tá tudo bem, porque a vida é isso mesmo. A gente muda, as certezas mudam e, num piscar de olhos, o que era já não é mais, e a gente tem que começar tudo de novo.
Tô sentindo coisas que nunca senti. Vivendo o que nunca vivi. Olhando pro meu caos interno com mais gentileza e, porque não, “diversão” e leveza, muita leveza…
Tá tudo bem não ter tantas certezas ou, como achava ser possível, a rédea do mundo nas mãos. Tá tudo bem estar em transição. Ou, como não me deixa esquecer uma das últimas coisas que marquei no corpo, estar “atravessando”.
Afinal, estamos aqui, também, pra isso, não?
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Beijos, Ju♥
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