Uma das reclamações que mais leio por aqui é que os cremes de pele parecem não fazer diferença, não importa o preço, e acho que isso rende um post com tudo explicadinho, sabe?
Existem vários pontos a serem abordados, então vamos fazer uma listinha aqui, tá? É impossível falar tudo sobre isso em um só post, mas vamos fofocar sobre pele toda semana no nosso #PelesQueContamHistórias
1. Cremes de pele: O Antes
Não importa qual seja o creme de pele que você esteja usando (hidratante, antienvelhecimento, para os olhos, para as manchas, etc), nem o tanto que ele é bom ou eficaz, se você não preparar a pele antes os resultados ficarão comprometidos.
Já falei por aqui várias vezes que limpar a pele corretamente é essencial, porque como é que os ativos de tratamento vão penetrar corretamente com uma muralha da China de impurezas depositadas na superfície da pele, hein?
Como falo sempre pra mainha, o nome é creme de pele, não é mágico nem super herói, ué!
Portanto, mantenha uma rotina de limpeza das boas, com um sabonete ou gel facial indicado para o seu tipo de pele (tem quem use óleos faciais também), e um bom tônico (tô usando um incrível para peles oleosas, o Blemish + Age Solution, da SkinCeuticals) ou água micelar pra remover completamente as impurezas.
Esfoliar a pele regularmente também ajuda muito, já que remove as células mortas e estimula a renovação celular.
Com a pele devidamente limpa, a probabilidade do seu creme entregar um resultado melhor é muito maior!
2. A ordem certa de aplicação dos produtos
Esse é outro ponto de extrema importância, porque, nesse caso, a ordem dos fatores altera o produto!
Já fiz um post aqui sobre isso, mas ele é bem antigo (prometo atualizar!). Só que a lógica continua valendo: “se um determinado produto for aplicado na ordem errada pode ter a sua absorção e, consequentemente, a sua eficácia comprometida.
Pela lógica funciona da seguinte forma: os produtos mais leves devem ser aplicados primeiros. Quais são esses produtos? Aqueles que são a base de água ou de gel. Em seguida são aplicados os produtos mais cremosos, um pouco mais consistentes, como as loções e os séruns e, por último, os cremes mais densos.”
Numa rotina básica, a ordem seria limpar, hidratar e, por último, proteger.
Já vi várias pessoas indicando o uso do filtro solar antes dos cremes de pele, mas sigo o que minha dermato fala: o filtro solar deve ser o último produto a ser aplicado, já que, por ser mais denso, vai comprometer a absorção dos cremes aplicados depois.
3. Dê uma pausa entre a aplicação dos produtos
Ao contrário das japonesas, que, em regra, aplicam camadas de produtos (expliquei isso aqui), o que pode funcionar pra elas por causa da composição dos produtos comercializados lá, que são muito mais leve e mais rapidamente absorvidos, a regra é aplicar um produto, esperar ele ser absorvido e só depois aplicar o outro.
Pelo que minha dermato explicou, e que postei aqui, “tem que pausar uns minutinhos pra que o produto seja completamente absorvido e só depois aplicar o outro, porque, veja bem, se você aplica um produto e logo depois aplica o outro, você vai acabar “diluindo” o segundo produto, já que tá “misturando”.
E, nessa mistura, os ativos do primeiro produto aplicado, seja hidratante, sérum ou algo do tipo, acabam não sendo totalmente aproveitados, o que significa dinheiro jogado fora e tratamento não tão eficaz como deveria.”
4. Creme de Pele não é tudo igual!
É aqui que o bicho pega, porque o certo é ter a orientação de um dermatologista. Ele vai identificar não só o tipo como as necessidades da sua pele e, com base nisso, indicar o produto ideal, com os ativos mais apropriados para tratar os possíveis “problemas” da sua pele.
As pessoas se enganam e acham que cremes de pele são iguais, e não são.
Cada creme tem uma função específica, e um hidratante, por exemplo, não vai acabar com suas rugas, clarear a sua pele ou algo do tipo.
Ele só vai hidratar. E se for pra hidratar, se a função for apenas essa (existem muitos hidratantes com outras funções), eu, Ju, não investiria alto em 90% dos casos. Porquê? Porque, como também já falei por aqui, “97% da hidratação da pele vem da água que a gente ingere, e o que o hidratante faz é apenas formar uma capinha de gordura que impede a água de evaporar e a pele de desidratar.”
Acontece que, por exemplo, alguns hidratantes que funcionavam perfeitamente quando eu tinha vinte e poucos anos já não entregam o mesmo resultado agora, que tenho 35.
Agora invisto em hidratantes com ácido hialurônico e sinto uma diferença maior porque a partir dos 25 a produção de ácido hialurônico pelo organismo começa a diminuir, deixando a pele mais ressecada e dando lugar aos primeiros sinais do envelhecimento.
E o ácido hialurônico é um ativo que possui a “capacidade de atrair, reter e fixar a água na pele, preenchendo os espaços existentes entre as células, o que garante uma pele mais firme, hidratada, viçosa e com textura mais homogênea.”
Ou seja, ele não vai apenas impedir que a pele desidrate como a imensa maioria dos ativos hidratantes. Mas. só aprendi isso e passei a saber identificar, mesmo que por alto, o tipo de produto que devo usar com acompanhamento dermatológico.
5. Escolha o creme de pele certo
Para escolher o “creme de pele certo” é preciso saber quais são os problemas e necessidades da sua pele.
Vitamina C é uma maravilha, uso há anos, e ajuda sim a iluminar a pele. Mas, será bem frustrante para quem espera que ela “acabe com o melasma”, por exemplo.
Ácido hialurônico tem uma capacidade incrível de hidratação, mas, ao contrário do que muitas marcas prometem, ele não vai preencher suas rugas, pelo menos no caso do uso tópico.
Ele preenche sim, mas apenas no caso do uso injetável.
Tô citando exemplos simples, mas só esse tópico renderia vários posts, porque pra ter o resultado que você deseja é preciso escolher um creme com ativos que, efetivamente, tenha uma ação comprovada no tratamento daquele problema/necessidade.
6. Cosméticos , dermocosméticos e medicamentos
Muita gente não entende porque, por exemplo, um produto de pele pode ter preços tão diferentes, assim como eficácia e tempo para ver os resultados, dentre outras coisas.
É que os cremes de pele não pertencem todos a mesma “categoria”, e não dá pra comparar um cosmético com um dermocosmético ou um medicamento.
Produtos de uso cosmético agem apenas na camada superficial da pele, não modificando suas condições fisiológicas. Eles não precisam de estudos científicos pra sua comprovação e eficácia, e possuem uma função temporária, já que ele só faz efeito enquanto você está usando.
São os produtos, digamos, mais fracos.
Já os dermocosméticos/cosmecêuticos são mais eficazes que os cosméticos, pois agem na derme, a camada profunda da pele, tratando realmente, e entregando tanto resultados imediatos como mediatos.
Apesar de serem classificados na Anvisa como cosméticos, os dermocosméticos são registrados como grau II, o que significa que precisam ter aprovação científica, com princípios ativos que realmente funcionem. Além disso, eles também passam por testes que garantem sua eficácia e segurança.
Os medicamentos, por outro lado, são produtos que mudam a fisiologia da pele e, portanto, contam com estudos que comprovem seu efeito terapêutico, sua segurança e eficácia. Eles devem ser receitados por médicos, podem ter efeitos colaterais mais pronunciados e oferecem resultados melhores e mais rápidos, sendo, portanto, os mais potentes.
Então, os resultados dos dermocosméticos e dos medicamentos são mais potentes, eles agem de forma mais profunda, tratando a pele, e isso, claro, significa que, a longo prazo, os resultados são melhores.
7. Qual creme de pele realmente faz diferença?
O creme de pele que faz diferença é aquele que é indicado para o seu tipo de pele, para as necessidades dela naquele momento, sendo usado de maneira correta, na ordem adequada, e de forma constante.
E aqui vale ressaltar que é preciso ter paciência, porque o nome é creme de pele e não varinha de condão! Não dá pra começar a usar um produto hoje e, duas semanas depois querer resultados.
A imensa maioria dos produtos precisam de, em média, 3 meses de uso para apresentarem os resultados prometidos, sobretudo quando são produtos para manchas ou rugas, por exemplo.
Claro que a gente vai notando melhoras, mas é preciso deixar o produto agir, é preciso tempo, é preciso não desistir. A sua pele merece ser bem cuidada, então segura a onda e tem um tiquinho de paciência que tudo se ajeita!
No próximo post a gente conversa mais sobre cremes de pele, combinado? Deixem nos comentários as principais dúvidas de vocês sobre o assunto, assim posso me guiar melhor!
Beijos, Ju♥
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